Recentemente, o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Mauricio Moura, esclareceu informações relevantes acerca da possível taxação do Pix.
De acordo com o diretor, não há, no momento, planos para impor taxas às transações realizadas por meio do Pix.
Após conquistar uma popularidade significativa entre os brasileiros, surgiram especulações sobre a cobrança de tarifas nesse sistema de pagamento.
Rumores indicavam que o Pix, que atualmente é gratuito, poderia passar a envolver taxas para os usuários.
Neste artigo, compartilharemos os detalhes revelados pelo BC, dissipando os rumores e proporcionando uma compreensão mais clara sobre o assunto.
Diretor do BC afirma que Pix é exemplo de inclusão financeira
Durante uma transmissão ao vivo semanal do Banco Central, Mauricio Moura enfatizou que não há planos para encerrar o sistema de pagamentos instantâneos Pix e também não estão sendo realizados estudos para a taxação dessas operações.
Além disso, ele ressaltou que o Pix é um exemplo de inclusão financeira, proporcionando praticidade e acessibilidade aos serviços financeiros para a população.
Pix se consolida no mercado brasileiro
Desde o lançamento do Pix no final de 2020, houve um crescimento expressivo das transações financeiras digitais por pessoa, quase dobrando em relação ao período anterior, e uma redução significativa dos saques em dinheiro físico no país.
Em 2020, a média de operações per capita por meio digital era de 242, e em 2022 esse número aumentou para 453.
Por outro lado, os saques em caixas eletrônicos e agências bancárias diminuíram de 3,4 bilhões em 2020 para 2,6 bilhões no ano passado.
O uso de boletos também apresentou uma queda significativa, passando de 28% de participação em 2012 para 11% no ano passado.
Quanto aos cheques, seu uso praticamente desapareceu em 2022, contrastando com os 7% registrados em 2012. O Banco Central destaca essa transformação no cenário financeiro e ressalta:
A quantidade e o valor dos saques em caixas eletrônicos e agências bancárias têm apresentado uma redução gradual ao longo do tempo. No entanto, a partir de 2020, essa diminuição tem se mostrado mais significativa, o que pode ser atribuído às mudanças de comportamento decorrentes da pandemia, à adoção do Pix e ao aumento das transações com cartões.
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A redução no uso de saques em caixas eletrônicos e agências bancárias reflete as transformações ocorridas no cenário financeiro nos últimos anos.
Diversos fatores têm contribuído para essa mudança de comportamento.
Em primeiro lugar, a pandemia da COVID-19 acelerou a digitalização dos serviços financeiros, uma vez que as pessoas passaram a buscar alternativas mais seguras e convenientes para realizar transações sem sair de casa.
O distanciamento social e as restrições de acesso físico aos bancos impulsionaram a adoção de soluções digitais, como o Pix, que permite transferências instantâneas e sem custo, tornando-se uma opção cada vez mais popular entre os usuários.
Além disso, o aumento das transações com cartões, tanto débito quanto crédito, também contribuiu para a diminuição dos saques em dinheiro.
Os cartões oferecem praticidade e segurança nas compras e pagamentos, eliminando a necessidade de sacar dinheiro em espécie.
A facilidade de pagamento por meio de boletos também tem apresentado uma queda significativa.
Com a popularização de soluções digitais de pagamentos, como aplicativos de bancos e carteiras virtuais, as pessoas têm optado por utilizar meios mais ágeis e convenientes para efetuar suas transações, dispensando a emissão de boletos.
É importante destacar que o Banco Central tem incentivado a digitalização dos serviços financeiros e a ampliação do acesso da população a meios eletrônicos de pagamento.
Essa tendência reflete uma transformação na forma como as pessoas lidam com o dinheiro, priorizando a comodidade e a segurança proporcionadas pelas transações digitais.
No entanto, é válido ressaltar que mesmo com a redução no uso de saques em caixas eletrônicos e agências bancárias, ainda existem pessoas que preferem ou dependem do dinheiro em espécie, seja por questões de acesso a serviços financeiros ou por preferência pessoal.
Nesse sentido, é fundamental que a infraestrutura e os serviços bancários continuem disponíveis e acessíveis para atender a todas as necessidades da população.