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Itaú vai lançar tokens de recebíveis ainda este ano de 2022

Itaú vai lançar tokens de recebíveis

Na última quinta-feira (14), o Itaú Unibanco anunciou sua nova plataforma de negociação de tokens, que deve lançar esses produtos de investimento para o varejo ainda este ano.

O lançamento faz parte de um plano do Itaú, o maior banco da América Latina, de capitalizar o interesse dos clientes em ativos digitais e liderar um setor que pode movimentar bilhões de reais nos próximos anos.

Ativos digitais

A medida ocorre em meio a previsões de que uma parcela significativa dos ativos financeiros, como recebíveis e títulos, será vendida por meio de tokens, que são representações digitais de produtos.

Dessa forma, a plataforma Itaú fará a distribuição e custódia de tokens, o que agilizará, reduzirá custos e simplificará a emissão, custódia e negociação de tokens.

“Dá pra imaginar que cerca de 10% dos ativos de mercado nos próximos serão via tokens”, afirmou Vanessa Fernandes, chefe da recém-criada Itaú Digital Assets.

O Itaú concluiu recentemente uma operação experimental com tokens de uma réplica de uma empresa cliente, emitindo 360 mil reais por um período de 35 dias para venda em bancos privados. Como tal, está pronto para atender a uma base de clientes mais ampla.

De acordo com Vanessa, por exemplo, os clientes podem obter melhores taxas de atendimento por meio da simplificação da plataforma e menores custos operacionais.

Como resultado, os clientes podem pagar taxas de administração mais baixas do que os produtos de investimento tradicionais.

Criptomoedas

Fernandez explicou ainda que o programa visa aumentar a demanda dos clientes por ativos digitais, mas está relacionado a criptomoedas como Bitcoin e Ethereum.

No entanto, Vanessa disse que o Itaú está procurando oferecer aos clientes de varejo a possibilidade de comprar e vender criptomoedas. “Isso pode acontecer nos próximos dois anos”, observou ela.

A ação é um ponto de virada na postura do Itaú, que tem sido conservador no que diz respeito às moedas digitais, por vezes restringindo as operações com clientes que negociam criptomoedas.

De acordo com Vanessa, isso ocorre em parte porque agora existem ferramentas melhores para detectar e evitar riscos, como a lavagem de dinheiro.