Na última semana, o Governo Federal realizou uma reunião com o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), representantes bancários e o Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), com o objetivo de discutir mudanças no empréstimo consignado para segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Apesar de não ter havido um consenso entre as partes, foi estabelecido um limite máximo para as taxas cobradas nessa modalidade de crédito. A taxa máxima para empréstimo consignado passou a ser de 1,97% ao mês, enquanto a modalidade de cartão de crédito ficou em 2,89% ao mês.
Governo tinha a proposta de abaixar a taxa para 1,7%
Em reuniões prévias, o governo propôs uma redução da taxa de juros do consignado de 2% para no máximo 1,7%, mas essa proposta não foi bem aceita pelos bancos, incluindo os estatais, que retiraram o empréstimo de seus portfólios.
Na reunião da semana passada, com o objetivo de tornar a proposta mais atrativa para os bancos, o Sindnapi sugeriu uma taxa máxima de 1,9%, mas os bancos ainda desejavam que ela retornasse aos 2%. Para contornar a situação, o governo definiu o teto em 1,97%, o que fez algumas instituições financeiras voltarem a conceder o crédito, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Santander.
A Caixa cobra juros de 1,87% ao mês no consignado. Os outros bancos ainda não informaram se irão aderir novamente ao consignado após as mudanças, pois a taxa de juros é a fonte de seus ganhos e, se for baixa, o lucro será limitado.
Essa modalidade de crédito é muito procurada pelos segurados do INSS, principalmente por ter, em geral, taxas de juros mais baixas do que outros tipos de empréstimos. Outro motivo para sua popularidade é que não é necessária uma análise de crédito muito profunda para sua liberação.