Ameaças à segurança das Famílias UNIPESSOAIS do Bolsa Família!
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), responsável pela administração do Programa Bolsa Família, realiza mensalmente bloqueios nos benefícios de indivíduos suspeitos de irregularidades em seus cadastros ou que possam estar descumprindo alguma regra ou requisito do programa social.
Esses bloqueios têm duração média de dois meses e impedem que os beneficiários afetados recebam seus pagamentos durante esse período.
Consequentemente, essas famílias se veem praticamente obrigadas a seguir o procedimento recomendado pelo ministério para retomar o recebimento, que consiste, basicamente, em procurar um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e atualizar o cadastro.
Nessa atualização, é necessário apresentar os documentos pessoais de todos os membros do grupo familiar que vivem na mesma residência e compartilham das despesas do lar, inclusive aqueles que não possuem parentesco, além de comprovantes de renda e de residência atualizados, para evitar contratempos, bem como a carteira de vacinação e o atestado de frequência escolar de todos os menores de idade da família.
Após a realização dessa atualização, o governo federal revisa novamente o cadastro da família e, caso esteja tudo em conformidade, sem nenhuma suspeita antiga ou nova de irregularidade, o benefício é desbloqueado e os pagamentos são retomados normalmente.
Além disso, a família tem direito aos pagamentos retroativos dos meses em que esteve bloqueada.
Portanto, os bloqueios realizados nos beneficiários do Programa Bolsa Família são uma forma de punição que, em muitos casos, causam transtornos para as famílias, uma vez que o processo de atualização costuma ser complexo e demorado.
No entanto, também representam uma oportunidade para os beneficiários resolverem quaisquer pendências e evitarem a perda definitiva do benefício devido ao descumprimento de regras.
Unipessoais do Bolsa Família estão correndo perigo!
No entanto, no final de abril, o sistema do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável por realizar novos cancelamentos, bloqueios e desbloqueios, passou por um processo de atualização para garantir a correção dos dados quando os novos valores do programa passassem a ser pagos, a partir de junho.
Essa atualização foi concluída no final do mês passado e impediu que novos bloqueios fossem realizados nesse período.
Entretanto, as verificações e cruzamentos de dados continuaram sendo realizados mensalmente pelo governo federal, resultando na identificação de novas famílias com suspeitas de irregularidades durante esse intervalo, embora não tenham sido bloqueadas imediatamente.
Isso significa que atualmente há um grande número de bloqueios pendentes, e a maioria deles será implementada neste mês de julho.
No entanto, a notícia mais preocupante se refere aos beneficiários unipessoais do Bolsa Família, que são aqueles que declararam, no momento da inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), viverem sozinhos.
Isso se deve ao fato de que o grupo de famílias unipessoais será o mais afetado pelos bloqueios que ocorrerão em julho, justamente devido às suspeitas de irregularidades envolvendo esses beneficiários.
Existe uma forte suspeita de que muitos dos atuais beneficiários unipessoais do programa de transferência de renda tenham fornecido informações falsas no momento da inscrição no CadÚnico, afirmando viver sozinhos, quando, na verdade, residem com outros membros do seu grupo familiar original, que também já recebem o benefício.
Ou seja, isso teria sido uma estratégia para dobrar o valor recebido mensalmente, que até o início deste ano era de R$600 para todos os tipos de famílias.
No entanto, fornecer informações falsas ao CadÚnico é considerado fraude, e agora esses beneficiários serão bloqueados e receberão visitas de agentes do CRAS para verificar suas residências, ou serão solicitados a comparecer ao CRAS e apresentar documentos que comprovem que vivem realmente sozinhos.
Além disso, existem casos em que a fraude já foi comprovada apenas por meio do cruzamento de dados, o que pode resultar no cancelamento dos benefícios sem a etapa de bloqueio.