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Controvérsias sobre usina de dessalinização na Praia do Futuro

Controvérsias sobre usina de dessalinização na Praia do Futuro
vice-presidente da claro

Controvérsias sobre a usina de dessalinização na Praia do Futuro

A construção de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, Ceará, tem gerado controvérsias, especialmente entre as empresas de internet. Fábio Andrade, vice-presidente da Claro e líder do movimento contrário ao projeto, afirma que “a internet do país vai parar”.

Pronunciamento do vice-presidente da Claro

Em entrevista à Folha de São Paulo, Andrade ressalta que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que os dutos da usina devem estar a uma distância mínima de 500 metros dos cabos submarinos, em contraste com os cinco metros propostos inicialmente. Ele destaca o risco de ruptura dos cabos devido à vibração da água, o que poderia resultar na interrupção da conectividade à internet.

Além disso, Andrade argumenta que mesmo com a instalação a 500 metros, a conectividade pode ser afetada no futuro devido ao aumento da demanda por internet. Ele propõe uma distância mínima de mil metros como medida preventiva para evitar problemas futuros.

Impacto da usina na Praia do Futuro

A Praia do Futuro desempenha um papel fundamental na conexão internacional entre o Brasil, os Estados Unidos, a Europa e a África. Qualquer necessidade de reparo nessa região demanda, no mínimo, 50 dias, afetando serviços essenciais e a população em geral.

Se a usina for construída conforme o plano, Andrade sugere a instalação de novos cabos em outra praia da região. No entanto, essa alternativa implicaria em custos elevados e na necessidade de garantir a conexão terrestre entre os terminais de cabos.

A usina da Praia do Futuro e a conectividade

Fortaleza se destaca como a primeira cidade brasileira a receber cabos de fibra óptica da Europa, proporcionando uma conexão de alta velocidade à internet. A proximidade geográfica da cidade com o continente europeu desempenha um papel crucial nessa conexão, que se estende até o Rio de Janeiro e São Paulo.

O plano para a usina, liderado pela Cagece, visa aumentar em 12% o fornecimento de água para a Grande Fortaleza, com um investimento estimado de R$ 3,2 bilhões. Em resposta às preocupações das empresas de telecomunicações, a Cagece ampliou a distância entre os cabos e outras infraestruturas.

O governo estadual do Ceará apoia a construção da usina como uma solução para os problemas de abastecimento de água na região. No entanto, a disputa entre a necessidade de água potável e a manutenção do acesso à internet continua aguardando uma solução que atenda aos interesses de ambas as partes.

vice-presidente da claro
Fábio Andrade. (Foto: reprodução/Folha UOL)

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