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Nubank amplia serviços financeiros e passa a oferecer empréstimo consignado para servidores públicos

Nesta terça-feira (21), o Nubank anunciou a ampliação dos testes para o empréstimo consignado, oferecendo o produto a alguns clientes que são servidores públicos federais.

O empréstimo, chamado de NuConsignado, pode ser contratado diretamente pelo aplicativo do banco digital, que também permite simular as taxas e o custo efetivo total (CET) do crédito.

Inicialmente, o período de testes para o empréstimo consignado abrange apenas uma parcela dos servidores públicos federais, e deve continuar ao longo do primeiro semestre de 2023, sendo posteriormente expandido para o restante dos trabalhadores.

Questionado sobre as taxas praticadas, o Nubank informou que as mesmas são baseadas no perfil de risco do cliente, mas não forneceu uma estimativa.

O pagamento do empréstimo consignado, que possui margens menores em comparação aos empréstimos pessoais, é automaticamente deduzido da folha de pagamento dos servidores públicos federais, considerado um crédito seguro e capaz de reduzir as provisões contra inadimplência do Nubank.

Embora a previsão inicial fosse de lançar o NuConsignado até o final de 2022, o banco anunciou em novembro daquele ano o adiamento para o primeiro semestre de 2023. O Nubank já obteve as principais autorizações necessárias para oferecer o empréstimo consignado, incluindo aquelas do INSS e de outras associações de servidores públicos.

O consignado do INSS

O Nubank anunciou recentemente a ampliação dos testes do NuConsignado para servidores públicos federais, em meio a uma discussão acerca dos juros do empréstimo consignado concedido a aposentados pelo INSS.

A decisão do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) de reduzir o limite de juros cobrados pelos bancos na modalidade levou as instituições financeiras a suspenderem a concessão do produto.

O teto para a cobrança de juros do crédito consignado foi reduzido de 2,14% para 1,70% ao mês, enquanto o limite para os juros do cartão consignado foi cortado de 3,06% para 2,62%, sem consulta prévia à equipe econômica do governo.

Entidades representativas do setor bancário, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), manifestaram repúdio à decisão do CNPS.

Na segunda-feira (20), a imprensa noticiou que o governo pretende elevar a taxa, mas o novo valor ainda deverá ficar abaixo dos 2,14% anteriores. A definição do novo limite será referendada em reunião do CNPS no dia 28 de março.