INSS: Queda nas Concessões de Empréstimo Consignado, Confirma o Banco Central
INSS: Queda nas Concessões de Empréstimo Consignado, Confirma o Banco Central. Cada vez menos brasileiros estão optando por solicitar empréstimo consignado, conforme indicam os recentes números divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (5). Segundo a instituição, as concessões diminuíram 0,7% em outubro, em comparação com o mês anterior.
Especialistas afirmam que o consignado, uma modalidade de empréstimo em que o cidadão recebe uma quantia e passa a pagá-la por meio de descontos mensais em sua aposentadoria, está enfrentando um declínio acentuado.
“A redução dos juros atrapalha” é um ponto de preocupação destacado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que relata uma redução de 30% na concessão desses empréstimos em 2023, em comparação com o ano anterior.
INSS: Queda nas Concessões de Empréstimo Consignado, Confirma o Banco Central
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, apresentou esses dados em um evento recente, apontando que a diminuição da taxa máxima de juros do consignado do INSS pode ser um fator explicativo.
Isaac Sidney expressou sua preocupação com a regulação do crédito no Brasil, defendendo a necessidade de uma atuação mais central do Banco Central e do Ministério da Fazenda nesse cenário.
Ele destacou a significativa queda nas concessões, especialmente para aposentados acima de 70 anos.
O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou uma redução no teto de juros do consignado do INSS, de 1,84% para 1,80% ao mês. Essa medida também afetará as taxas de juros para o cartão de crédito consignado e o cartão de benefício.
A Febraban se mostra contrária a mais reduções nas taxas de juros, enquanto o Ministério da Previdência acredita que isso é necessário para manter taxas justas e proporcionar uma sobrevida digna para quem contrai esse tipo de empréstimo.
Esta última redução marca a quinta alteração no ano na taxa máxima de juros do consignado, refletindo um movimento contínuo de quedas ao longo de 2023.
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O cenário de quedas nas concessões de empréstimos consignados revela um desafio significativo no setor financeiro brasileiro.
A redução de 0,7% nas concessões em outubro, conforme apontado pelo Banco Central, é parte de uma tendência que preocupa tanto especialistas quanto representantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
A explicação da Febraban sobre a redução das concessões em 30% ao longo de 2023, comparado ao ano anterior, destaca a influência direta da diminuição da taxa máxima de juros do consignado do INSS.
A posição da Febraban, manifestada pelo presidente Isaac Sidney, ressalta a importância de uma regulação mais abrangente por parte do Banco Central e do Ministério da Fazenda, visando preservar a estabilidade do setor.
A recente aprovação pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) de uma nova redução no teto de juros do consignado, agora fixado em 1,80% ao mês, destaca a busca por um equilíbrio entre as necessidades dos tomadores de empréstimos e as preocupações com a sustentabilidade financeira.
A divergência de opiniões entre a Febraban e o Ministério da Previdência sobre a redução das taxas de juros destaca a complexidade dessa questão.
Enquanto a Febraban expressa a preocupação de que mais reduções possam afetar negativamente a lucratividade dos bancos, o Ministério da Previdência argumenta em favor de taxas mais justas que permitam aos bancos ganhar, mas que também garantam uma qualidade de vida razoável para os tomadores de empréstimos.
A sequência de quedas nas taxas de juros, com a última redução marcando a quinta alteração em 2023, reflete a busca constante por um equilíbrio adequado.
O desafio persistente é encontrar um modelo que promova o acesso ao crédito de maneira sustentável, beneficiando tanto os consumidores quanto as instituições financeiras, em meio a um ambiente econômico dinâmico e desafiador.