Ministro confirma: Bolsa Família vai bloquear mais pessoas!
O ministro Wellington Dias (PT), responsável pelo ministério do Desenvolvimento Social (MDS), confirmou que o governo vai continuar realizando a averiguação cadastral no Cadastro Único (CadÚnico). A iniciativa visa identificar famílias com informações irregulares ou com renda superior à permitida pelo banco de dados.
Devido ao processo de revisão, o governo já bloqueou 2,7 milhões de benefícios e o ministro alertou que o número de casos irregulares pode ser ainda maior. “Infelizmente, o número de fraudes foi muito maior do que o que conseguimos detectar até agora. Se olharmos de maio de 2022 até o início de outubro, encontraremos cerca de 5,5 milhões de cadastros unipessoais. Então, algo estranho estava acontecendo”, disse o ministro.
Durante o evento Educação Já, organizado pela ONG Todos pela Educação, Dias afirmou que, embora haja avanços significativos, a revisão cadastral deve continuar até pelo menos dezembro deste ano. “Até julho, já teremos avançado bastante, mas acredito que só teremos um cadastro adequado, no padrão que o Brasil já teve, em torno de dezembro”, concluiu o ministro.
Tive o meu Bolsa Família bloqueado
Muitos beneficiários do Bolsa Família estão sendo bloqueados devido à averiguação cadastral no Cadastro Único. Isso porque, para receber o benefício de transferência de renda, o segurado precisa estar devidamente cadastrado e com as informações atualizadas. Desse modo, os beneficiários que tiveram o cadastro bloqueado também deixarão de receber o Bolsa Família.
Caso isso ocorra, o recomendado é que o beneficiário compareça ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua residência para realizar a atualização dos dados. Os beneficiários que foram bloqueados em abril terão até o dia 16 de junho (60 dias) para realizar o recadastramento.
Os segurados que não conseguirem ou não forem ao CRAS serão desligados do Cadastro Único e retirados de forma definitiva da folha de pagamento do Bolsa Família. Nesse caso, o segurado poderá fazer um novo cadastro a partir de junho, mas será enviado para o final da fila de espera do programa de transferência de renda.
Já os segurados que forem ao CRAS e conseguirem regularizar o cadastro voltarão a receber o Bolsa Família. A previsão do ministro Wellington Dias é de que o tempo de desbloqueio seja de 45 dias a 3 meses, dependendo do nível de irregularidade do cadastro, da fila no CRAS e do número de profissionais aptos para fazer o atendimento.
O ministro ainda informou que os segurados que conseguirem atualizar os dados junto ao CRAS poderão receber as parcelas do Bolsa Família dos meses anteriores que ficaram retidas devido ao bloqueio do Cadastro Único.
“Caso a pessoa preencha os requisitos do Bolsa Família e comprove que mora sozinha, o benefício volta a ser pago, incluindo as parcelas bloqueadas. Portanto, o cidadão comprova as informações, volta à folha de pagamento normal do programa e recebe as parcelas referentes aos meses em que ficou sem o pagamento”, disse o ministro.
Bolsa Família em abril
Apesar dos bloqueios, os beneficiários aptos seguem recebendo. Nesta quinta-feira, recebem os segurados com o NIS (Número de Identificação Social) de final 6. Confira o calendário escalonado de acordo com o último dígito do NIS a seguir:
- NIS de final 1: dia 14 de abril;
- NIS de final 2: dia 17 de abril (antecipado para o sábado dia 15);
- NIS de final 3: dia 18 de abril;
- NIS de final 4: dia 19 de abril;
- NIS de final 5: dia 20 de abril;
- NIS de final 6: dia 24 de abril (antecipado para o sábado dia 22);
- NIS de final 7: dia 25 de abril;
- NIS de final 8: dia 26 de abril;
- NIS de final 9: dia 27 de abril;
- NIS de final 0: dia 28 de abril.