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Perdão do consignado do Bolsa Família – Já há data definida?
O perdão do consignado do Bolsa Família tem sido um tema de grande interesse e expectativa entre os beneficiários do programa.
Essa medida de renegociação visa aliviar o peso das dívidas e oferecer uma oportunidade de recomeço financeiro para as famílias que se encontram endividadas.

A possibilidade de ter parte ou a totalidade do débito perdoado é vista como uma esperança para muitos, que enfrentam dificuldades financeiras e a necessidade de equilibrar o orçamento familiar.

No ano passado, durante o mês de outubro, o governo anterior permitiu que os beneficiários do antigo Programa Auxílio Brasil, posteriormente renomeado como novo Programa Bolsa Família em março deste ano, pudessem solicitar empréstimos consignados. Nessa ocasião, cerca de R$9,5 bilhões foram disponibilizados para 3,5 milhões de beneficiários.

No entanto, o presidente atual e seus apoiadores expressaram fortes críticas em relação à liberação da linha de crédito naquela época.

Eles alertaram que as contratações resultariam no endividamento de longo prazo das famílias, uma vez que além de assumirem uma nova dívida, ainda teriam redução nos valores recebidos.

Isso ocorre porque os pagamentos das parcelas são descontados diretamente do benefício, podendo chegar a uma redução de até 40%.

Devido a essa situação, os beneficiários do programa de transferência de renda tinham a expectativa de que o governo perdoasse as dívidas dos empréstimos.

No entanto, mesmo após cinco meses do novo governo, ainda há famílias aguardando pelo perdão. Infelizmente, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, e a nova presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, já afirmaram que não haverá o perdão da dívida.

Situação da dívida do consignado no Bolsa Família

No entanto, a questão do perdão do consignado do Bolsa Família não é uma decisão simples de ser tomada. Há uma série de considerações a serem levadas em conta, incluindo os impactos econômicos e a viabilidade financeira do programa.

O ministro reconhece que a questão da dívida do consignado no Bolsa Família é um problema e compartilha a visão dos demais membros do governo atual ao atribuir o endividamento das famílias ao governo anterior.

Portanto, embora tenha deixado claro que o perdão total da dívida não é uma opção, Dias promete que o governo está empenhado em ajudar essas famílias. Ele revelou que um programa para auxiliar os beneficiários está sendo planejado.

“É grave o problema dos endividados do Auxílio Brasil ou do Bolsa Família, o chamado consignado. […] O programa foi usado, no período de eleição, com objetivos claramente eleitorais. O presidente Lula já demonstrou sensibilidade com o tema desde a campanha. […] Essas pessoas precisam de um auxílio. […] Tão logo o projeto esteja pronto, certamente o presidente Lula vai lançar para o Brasil.”

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, em declaração feita no dia 04 de janeiro de 2023

O projeto em questão é o Programa Desenrola Brasil, que visa auxiliar tanto os beneficiários do Bolsa Família quanto os outros 80 milhões de brasileiros endividados a quitarem suas dívidas com bancos, empresas de cartão de crédito, lojas e outras instituições.

Na prática, aqueles que optarem por participar do programa terão a oportunidade de pagar suas dívidas integralmente com um bom desconto ou parcelar os débitos, aproveitando prazos mais longos e juros mais baixos, o que resultará em parcelas de valores reduzidos.

Calendário para renegociação de dívidas dos beneficiários do Bolsa Família

Diante desse contexto, é compreensível que haja uma grande expectativa em torno do perdão do consignado do Bolsa Família, porém é importante lembrar que essa é uma decisão complexa que requer análise cuidadosa e planejamento adequado.

No entanto, é preocupante constatar que, mesmo sendo uma promessa de campanha no ano passado e tendo sido anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e por Wellington Dias, atualmente não há uma data definida para o lançamento do programa de renegociação das dívidas dos beneficiários do Bolsa Família e de outros brasileiros.

Apesar dos cinco meses de governo transcorridos, várias datas de lançamento foram especuladas, porém nenhuma delas se concretizou.

Essa falta de definição e cumprimento do prazo gera incertezas e frustrações entre os endividados que aguardam ansiosamente por essa oportunidade de regularizar sua situação financeira.

É necessário que o governo priorize e agilize a implementação do programa, oferecendo um cronograma claro e concreto, para que os beneficiários do Bolsa Família e os demais brasileiros em dívidas possam finalmente obter o tão esperado alívio financeiro e a chance de recomeçar sua vida com mais estabilidade e segurança.

Conforme afirmado por Haddad, a principal dificuldade para o lançamento do novo programa de renegociação reside na criação de uma plataforma que possa conectar devedores e credores.

Isso se deve ao fato de que a renegociação precisa ser realizada por meio de um site ou aplicativo, plataformas que exigem um trabalho árduo para serem desenvolvidas, além da necessidade de cooperação das empresas credoras para oferecer propostas vantajosas aos endividados.

Agora, resta apenas aguardar, uma vez que o governo destinou R$15 bilhões para o projeto e a nova previsão é que seja lançado no início de julho.

Essa prorrogação de prazo é compreensível, considerando a complexidade envolvida na implementação de uma plataforma eficiente e a importância de garantir que todas as partes envolvidas sejam beneficiadas pela renegociação.

A expectativa é de que, com o montante reservado e a previsão atualizada, o programa possa finalmente ser lançado e oferecer alívio financeiro para os endividados, promovendo a retomada econômica e a estabilidade financeira para muitos brasileiros.