Transição fala sobre diminuir o valor mínimo do Bolsa Família: fim dos R$ 600?
A continuidade da parcela mínima do Bolsa Família de R$ 600 para o próximo ano pode mudar, afetando grupos de beneficiários, como forma de tornar o programa mais equânime.
Uma diferença importante entre o Auxílio Brasil e o antigo Bolsa Família é que cada família recebe o mesmo valor, não importa quantas pessoas estejam na mesma família.
Agora, com a reorganização que o governo Lula deve fazer em 2023, alguns ajustes podem ser feitos no número de pessoas cadastradas no Cardinico por grupo familiar.
Os especialistas da equipe de transição acreditam que o atual modelo de planejamento deve ser alterado para que as pessoas que moram sozinhas não recebam o mesmo valor que as famílias com várias pessoas.
Quem deve sofrer com mudanças no valor do Bolsa Família?
Segundo as ideias dos petistas, esse trecho será definido por valores variáveis, como acontecia no Bolsa Família antes do Auxílio Brasil. Porém, o valor do antigo esquema não deve ser reposto, mas a parcela média de 600 reais que o governo Bolsonaro recebeu até este mês, que é dezembro, continuará a mesma.
Alguns grupos podem receber menos de R$ 600 se forem formados por uma família de uma pessoa. Dessa forma, o novo governo ainda poderá combater as mentiras do Cadastro Único, onde algumas famílias se separaram para receber parcelas mensais em dobro, o que não é permitido, e pode impedir repasses.
No entanto, qualquer mudança relacionada ao valor dos benefícios, reduzindo o parcelamento, é recebida com grande desconfiança e baixa popularidade.
Durante a campanha, tanto Lula quanto Bolsonaro se comprometeram a manter um valor mínimo de 600 reais, dado o grande número de eleitores beneficiados com o esquema. Especialmente no início de seu governo, esperava-se que as ações de Lula atraíssem os cidadãos que não votaram nele, em vez de causar polêmica.