Prepara o bolso: preços de medicamentos devem aumentar em abril
A partir do dia 1º de abril, os preços dos remédios devem aumentar em abril. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) definirá o novo percentual de aumento que as farmácias poderão aplicar aos preços.
Todo ano, no primeiro dia de abril, a Cmed anuncia este número, que determina o preço máximo de venda de cada medicamento. Para chegar a esse aumento, a Cmed considera a inflação do período e outros índices do mercado. Portanto, os sindicatos preveem um aumento entre 5,6% e 6,8% a partir do próximo mês.
Aumento dos preços por conta da inflação
O anúncio do novo valor dos medicamentos será feito na próxima semana, mas as organizações do setor já estimam que haverá um aumento mínimo de 5,6%, devido ao índice de inflação entre março de 2022 e fevereiro de 2023.
Vale ressaltar que o aumento determinado pela Cmed se refere ao valor máximo de venda dos medicamentos e não ao preço cobrado pelas farmácias. A decisão de aumentar ou não os preços é de cada estabelecimento, segundo a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Embora os remédios mais caros possam pesar no orçamento do consumidor, é importante destacar que o aumento deste ano é menor do que o aplicado no ano passado, quando a Cmed autorizou um crescimento de 10,98% nos valores dos medicamentos.
Setor afirma que o reajuste não é suficiente
Por mais que os remédios vão ficar mais caros, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirma que o aumento autorizado pela Cmed não é o suficiente. De acordo com a organização, nos últimos dez anos, os preços subiram 76,79%, enquanto a inflação do período foi de 90,24%.
Além disso, os custos de produção e transporte dos medicamentos ainda não retornaram aos níveis anteriores à pandemia, o que significa que um aumento de 5,6% não será suficiente para cobrir esses custos.