Visão de Investidor

A visão certa do sucesso

A nova rodada de repasse está prevista para ocorrer em três parcelas de R $ 200. Além disso, de acordo com o plano em estudo, o benefício será pago a metade dos beneficiários.

A forma como a equipe econômica pensa em pagar as novas parcelas do auxilio são os chamados “créditos extraordinários“, que funcionam como uma espécie de liberação de dinheiro público sem estar vinculado a um teto de gastos.

O sistema foi o mesmo adotado no ano passado para o pagamento do Auxilio Emergencial, que resultou em um gasto de R$ 294 bilhões ao erário público. Vale destacar que, a renovação do benefício será um passo importante para a campanha de reeleição do presidente Bolsonaro.

Novo auxílio emergencial terá custo de R$ 18 bilhões

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na última terça-feira que há “pouco ou nenhum espaço fiscal para novos pagamentos do auxilio emergencial”. Segundo ele, o aumento dos gastos sem garantias de financiamento pode gerar incertezas no mercado.

“Nós pensamos que há pouco ou nenhum espaço para mais transferências fiscais sem contrapartidas. É necessário ter certeza de que você está falando para o mercado que você tem a necessidade de gastar um pouco mais, mas está tomando medidas para frear um crescimento de despesas no futuro”, afirmou Campos Neto, em evento virtual.

Mesmo sob a advertência do presidente do BC, membros do governo federal ainda acreditam que, com a aprovação de medidas econômicas importantes, como a reforma administrativa e a autonomia do BC, o Executivo passará a mostrar maior comprometimento com o ajuste fiscal.

A nova etapa do auxilio emergência ainda tem um formato final incerto. O governo está preocupado que, como no ano passado, a proposta original de assumir três parcelas de R$200 tenha sido alterada no Congresso, e o projeto final acabou superando a estimativa atual de 18 bilhões de reais.

Isso porque o valor final pode ser aumentado para R $ 300, ou para R $ 600, e o número de parcelas também.

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